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Que tipo de informação circula nos ambientes virtuais de aprendizagem? Qualquer uma? Você já se perguntou sobre isso? Será que é possível aprender em um ambiente como esse?

O que se sabe é que nesses ambientes os saberes são construídos em um tempo assíncrono (MORAN, 2012). Isso significa que alunos e professores constroem juntos uma série de conhecimentos a respeito de um determinado assunto, sem, necessariamente, encontrarem-se em um mesmo tempo. Se estamos falando em saberes, fica claro que não se trata de qualquer informação e Cortelazzo (2012) faz uma explanação interessante a esse respeito. A autora explica que quando se trata de contextos de ensino-aprendizagem não é possível abrir mão de informações de qualidade. Elas precisam ser úteis à formação daqueles que se propõem a estudá-las. Isso significa dizer que não é possível abrir mão de ensinar e aprender, ainda que a dinâmica das aulas se dê de modo virtual. Segundo a autora, as informações precisam ser “processadas para que se transformem em conhecimento válido, relevante e necessário para o crescimento do homem como ser humano em um mundo sustentável” (p. 01). Concordo plenamente com esse posicionamento. Abrir mão da qualidade das informações construídas no ambiente virtual de aprendizagem é como dar aula sem conteúdo: não faz o menor sentido.

Neste sentido, Cortelazzo (2012) chama a atenção para o fato de que as novas tecnologias devem servir de suporte para que, além da formação acadêmica, seja possível construir espaços que viabilizem a construção da cidadania dos alunos. É fundamental saber fazer uso dessas informações no dia-a-dia, e esta é a razão pela qual não se pode permitir que os fóruns de discussão (conhecidos como salas de aula online) sejam espaços de reflexão crítica dos temas trabalhados. Para a autora, a relação com os alunos não pode ser apenas “operacional, nem só pedagógica e conceitual” (p. 02). Ela deve movê-los a um fazer diferenciado, ajudando-os a transformar as realidades onde estão situados. Para Cortelazzo, é esse contexto de problematização que aproxima a teoria à realidade do aluno que o incita a ir além, a aprender a aprender, a querer desenvolver novas habilidades. Para tanto, Moran (2010) salienta que é fundamental que aquele que se propõe a participar desse contexto de aprendizagem também envolva-se com a proposta, saiba do conteúdo e esteja disposto a aprender.

Quer saber mais sobre o assunto? Leia os textos indicados nas referências, logo abaixo.

 

Referências:

CORTELAZZO. I. B. C. Pedagogia e as novas tecnologias. Universidade Tuiuti do Paraná. 2012.

MORAN, J. M. Tecnologia da educação online no Brasil. Em: RICARDO. E. J. Educação corporativa e educação a distância. Rio de Janeiro. Editora: Qualitimark, 2005.


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